domingo, novembro 2
Sempre dizemos nunca mais
para o amor e para a cachaça, somente enquanto a ressaca dura, e no momento em
que a dor de cabeça, o enjoo e o arrependimento
desaparecem, esquecemos de todo o mal e voltamos a amar e voltamos a
beber, as vezes amando e bebendo, as vezes só bebendo ou só amando.
A vida continua mesmo
quando a nossa vida está de cabeça para baixo, e toda a magoa que dilacera
nosso coração se esvai lentamente, assim como a água que evapora em um dia mais
ou menos ensolarado, ela uma hora vai embora, mas outrora volta como uma chuva que
refresca e nos faz sentir vivo, ou como uma verdadeira tempestade, dessas que
parece que não vamos aguentar, que é o fim do mundo, que é a hora do adeus
e da navalha.
A verdade é que tudo
sempre passa e sempre passará, às vezes demora apenas um fração de segundo, às
vezes leva toda uma eternidade para passar. Às vezes parece que não vamos
suportar o peso de toda a dor, mas sempre suportamos, nos fortalecemos,
esfriamos e então bebemos. Gritamos para o garçom: “desce mais uma dose.” Nós
nos embriagávamos de cerveja, de vodca e esquecemos do mais
letal veneno, daquele que rasga toda a pele, que amassa o coração, que espreme
o nosso cérebro, aquele veneno que nós chamamos de amor.
Mas no fundo, bem lá no
fundo, não estamos preparados para amar. Repetimos os erros de outros
relacionamentos nos relacionamentos atuais. Criamos um ideal. Logo, nos
decepcionamos. E o pior de tudo, quando o amor esfria, quando tudo se acomoda,
quando o outro acha que nos tem e de repente, um novo amor nos ganha ou quando
nosso amor próprio ressurge e esmaga aquele amor miserável. Não nos doamos por
inteiro, mergulhamos apenas as pontas do pés. É necessário muita coragem para
encher o peito de amor e bucho de cachaça. É necessário dizer basta para os
jogos de amor e pularmos de encontro ao outro num abismo louco e perigoso, onde
a queda é inevitável, mas recuperável. E a ressaca? É inevitável... Sempre
haverá conseqüências, a dose da cachaça deve ser moderada e a dose do amor
infinita, até que se prove o contrário
Eu por hora me encontro
com o estomago revirado, com o coração um pouco abalado e nem ai para essa
merda toda. Levanto o copo e brindo o amor. Saúde!
Sempre dizemos nunca mais
para o amor e para a cachaça, somente enquanto a ressaca dura, e no momento em
que a dor de cabeça, o enjoo e o arrependimento
desaparecem, esquecemos de todo o mal e voltamos a amar e voltamos a
beber, as vezes amando e bebendo, as vezes só bebendo ou só amando.
A vida continua mesmo
quando a nossa vida está de cabeça para baixo, e toda a magoa que dilacera
nosso coração se esvai lentamente, assim como a água que evapora em um dia mais
ou menos ensolarado, ela uma hora vai embora, mas outrora volta como uma chuva
que refresca e nos faz sentir vivo, ou como uma verdadeira tempestade, dessas
que parece que não vamos aguentar, que é o fim do mundo, que é a hora do
adeus e da navalha.
A verdade é que tudo
sempre passa e sempre passará, às vezes demora apenas um fração de segundo, às
vezes leva toda uma eternidade para passar. Às vezes parece que não vamos
suportar o peso de toda a dor, mas sempre suportamos, nos fortalecemos,
esfriamos e então bebemos. Gritamos para o garçom: “desce mais uma dose.” Nós
nos embriagávamos de cerveja, de vodca e esquecemos do mais
letal veneno, daquele que rasga toda a pele, que amassa o coração, que espreme
o nosso cérebro, aquele veneno que nós chamamos de amor.
Mas no fundo, bem lá no
fundo, não estamos preparados para amar. Repetimos os erros de outros
relacionamentos nos relacionamentos atuais. Criamos um ideal. Logo, nos
decepcionamos. E o pior de tudo, quando o amor esfria, quando tudo se acomoda,
quando o outro acha que nos tem e de repente, um novo amor nos ganha ou quando
nosso amor próprio ressurge e esmaga aquele amor miserável. Não nos doamos por
inteiro, mergulhamos apenas as pontas do pés. É necessário muita coragem para
encher o peito de amor e bucho de cachaça. É necessário dizer basta para os
jogos de amor e pularmos de encontro ao outro num abismo louco e perigoso, onde
a queda é inevitável, mas recuperável.
E a ressaca? É inevitável... Sempre haverá conseqüências, a dose da cachaça deve ser moderada e a dose do amor infinita, até que se prove o contrário... Eu por hora me encontro com o estomago revirado, com o coração um pouco abalado e nem ai para essa merda toda. Levanto o copo e brindo o amor. Saúde!
E a ressaca? É inevitável... Sempre haverá conseqüências, a dose da cachaça deve ser moderada e a dose do amor infinita, até que se prove o contrário... Eu por hora me encontro com o estomago revirado, com o coração um pouco abalado e nem ai para essa merda toda. Levanto o copo e brindo o amor. Saúde!
Andrade, S.
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