domingo, novembro 2
Tinha bebido mais um copo e já havia perdido a conta de quantos eu sequei. Mas o álcool não fazia efeito. Todo o resto era apenas o resto. Não havia escrúpulos, não havia sentimentos. Eu queria machucar as pessoas da mesma forma que elas me machucavam. Eu queria sangue e sacrifício. Eu tinha o odio dentro de mim. Até que você veio, mas você se foi. E tudo foi em vão. Todas as horas, todos os minutos. Todas as palavras escritas aqui não serviram. Meu conforto não existe. Meu porto seguro não existe.  Apenas a sensação de impotência. Não me importo. Não te quero. Voce foi o erro que insisti em ser a fração certa para me completar. Você foi a utopia do meu ultimo verso. A hora da madrugada em que deveria estar dormindo, meu ultimo sono, meu ultimo pesadelo. Você não existiu e eu não me importei, era mais um e eu era mais dois. Adeus, meu verso se desfez como a gota de chuva no sol quente. Esqueci de você como se esquece de lembrar.
Doeu, mas irei sobreviver... afinal, a mesa está cheia de cerveja e não há nada que não se cure... Desmaio e esqueço-me de você por hora e agora. Até quando não sei.


S. A

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Letícia Iandeyara. Tecnologia do Blogger.
Cada dia eu me reinvento, na dor, na alegria, no amor, na ausência. Não sei me definir. Só sentir.

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